Metaverso: como investir na tecnologia do momento

Por Gabriela Del Carmen

BTG Pactual indica 3 ferramentas para quem quer lucrar com o metaverso

Cá estamos nós falando mais uma vez sobre metaverso. O assunto já é um dos mais comentados no mundo tecnológico, especialmente depois que empresas bilionárias como Nike, Ralph Lauren, Roblox, Nvidia e, é claro, o Facebook (que desde outubro se chama Meta, justamente para promover o metaverso no seu ecossistema), decidiram reforçar seus investimentos em realidade virtual e aumentada.

O metaverso nada mais é do que um espaço virtual onde todos vão interagir entre si por meio de avatares digitais, recriando experiências físicas no ambiente digital. O que você poderá fazer nele? Basicamente tudo que você faz fora da internet. Ir ao shopping, na casa de um amigo, assistir a um show ao vivo, tomar café com os colegas de trabalho e até comprar um imóvel.

Mais do que novas formas de solicialização, quem fizer parte desse ecossistema pode acabar ganhando muito dinheiro. O relatório “Metaverso: desde conceitos iniciais até como investir na nova tecnologia”, do banco BTG Pactual, mostra que o crescimento da Nvidia, multinacional especializada na fabricação de placas de vídeo, processadores, e sistemas computacionais (back-end e front-end), é puxado por jogos em 3D, inteligência artificial, data centers, IA em celulares 5G, veículos autônomos e omniverse – sua plataforma no metaverso. Já a Meta investiu mais de US$ 10 bilhões em pesquisas relacionadas ao metaverso, principalmente na Reality Labs, braço do Facebook responsável pela produção de hardwares de realidade virtual.

De olho nesse potencial de mercado, BTG escolheu 3 ferramentas para quem quer lucrar com o metaverso investindo nas empresas que lideram o mercado. Veja, quais são elas, a seguir:

ETF META

Em junho de 2021, a consultora de investimentos norte-americana Roundhill Investiments lançou o fundo Roundhill Ball Metaverse (apelidado carinhosamente de ETF Meta). A iniciativa visa capturar o retorno das ações de empresas relevantes para o desenvolvimento das tecnologias do metaverso, com soluções de computação, networking, plataformas virtuais, hardware, pagamentos e ativos digitais.

Esse ETF (fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores) é composto por 44 companhias que, somadas, possuem um valor de mercado de US$ 14,8 trilhões. 35% do fundo está alocado em empresas de software e 27% em negócios diretamente ligados ao desenvolvimento da internet. Em seguida, estão as empresas relacionadas ao segmento de semicondutores (24%) e computadores (4%). A maioria (80%) da alocação dessas companhias está nos Estados Unidos. Dos 20% restantes, 19% são de empresas asiáticas, repartidas entre Taiwan, Coréia do Sul, Japão, China e Singapura, e apenas 1% de empresas europeias, na Suécia.

Segundo o BTG Pactual, o ETF Meta tem um potencial de valorização de 28% em 12 meses. “O fundo traz relevância similares para empresas como Microsoft (6,6%) e Roblox (6,3%); e Snapchat (4,3%) e Apple (4,0%)”, diz o relatório do banco. A Meta Platforms, nome comercial da Meta, aparece no topo do ranking das companhias que compõem o fundo, com um peso de 8,5%.

“Em nossa avaliação,o peso relevante para empresas mais novas e que podem capturar melhor o retorno da tecnologia metaverso o diferencia de outros ETFs”, afirma o banco brasileiro. Outro benefícios, aponta o BTG, é a menor volatilidade: o ETF Meta apresentou uma volatilidade de 31,3% nos últimos 90 pregões. No caso da Roblox, Snapchat e Sea, os valores foram bastante superiores: 100,4%, 75,3% e 63,3%, respectivamente.

Desde o seu lançamento, o ETF Meta apresenta uma rentabilidade de -6,5%, abaixo do índice S&P (8,4%) e das FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix & Google), de 6,0%. O BTG atribui a rentabilidade negativa ao cenário em que o fundo foi lançado: “No 2º semestre de 2021 a aceleração das políticas de contração monetária impactaram sobre as empresas de tecnologias mais jovens. Enquanto as já consolidadas FAANG tiveram desempenho positivo, empresas como Roblox tiveram desempenho contrário (-12%)”, diz o relatório. “No entanto, dada a tese de investimento de longo prazo, vemos este movimento como uma oportunidade de entrada para o setor.”

FUNDO VITREO METAVERSO

Esse é o primeiro fundo brasileiro focado exclusivamente em empresas que estão trabalhando para a construção do metaverso. Lançado pela fintech Vitreo, em dezembro de 2021, o produto oferece 75% da carteira em BDRs, recibos de ações estrangeiras negociados na Bolsa de Valores brasileira.

Do restante, 2,3% são feitos em ações dos Estados Unidos e cerca de 5% em criptoativos como criptomoedas e NFTs. “O fundo pode capturar retornos expressivos nestes novos ativos, ainda que a volatilidade acima do usual recomende menor exposição do patrimônio do fundo”, analisa o BTG.

Nvidia, Meta, Roblox, AMD e Unity são algumas empresas que compõem o portfólio do fundo. O Vitreo Metaverso (da gestora Vitreo, que pertence ao BTG) pede um investimento inicial de pelo menos R$ 1.000, com tributação de 15% no resgate, sem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A taxa de administração é de 0,9% ao ano e a taxa de performance é de 10% sobre o que exceder o indicador S&P 500 Total Return.

COE METAVERSO

Segundo o BTG, essa ferramenta é interessante, porque torna acessível ao investidor brasileiro o desempenho do ETF Roundhill Ball Metaverse e protege o capital durante todo o período de investimento.

“No cenário atual, a elevada volatilidade no preço dos ativos será um desafio de curto prazo tanto no mercado internacional, em função da elevação de juros nos EUA, quanto no mercado doméstico, dado nível acima do usual que trazem as eleições presidenciais. Portanto, investimentos de longo prazo que protegem o capital no curto prazo são instrumentos interessantes para este momento”, diz o relatório.

Disponível na plataforma do próprio BTG Pactual, a ferramenta pede um investimento mínimo de R$ 1.000. O período de investimentos é de 5 anos, com um retorno de até 230% no período.

Fonte: STARTSE. Publicado originalmente no link.